É favor não atirar beatas...

A aurora polar é um fenómeno óptico que se pode observar nos céus nocturnos das proximidades das zonas polares, e que consiste num brilho intenso e multicolor decorrente do impacto de partículas trazidas pelo vento solar no campo magnético terrestre. Em latitudes do hemisfério norte é conhecida como aurora boreal, nome atribuído por Galileu, em referência à deusa romana do amanhecer, Aurora, e ao seu filho, divindade dos ventos do norte, Bóreas. Ocorre normalmente de Março a Abril e de Setembro a Outubro. Em latitudes do hemisfério sul é conhecida como aurora austral, nome atribuído por James Cook, uma referência directa ao facto de estar ao sul. O fenómeno não é exclusivo da Terra, sendo também observável em outros planetas do sistema solar como Júpiter, Saturno, Marte e Vénus. Da mesma maneira, o fenómeno não é exclusivo da natureza, sendo também reproduzível artificialmente através de explosões nucleares ou em laboratório.

O urinol (ou, como é conhecido em alguns locais, localidades, vilarejos e aldeolas, assim como em certas cidades, urbes e metrópoles, órinól), não sendo um fenómeno óptico, nem sequer estético, pese embora aquela ideia peregrina de inverter a posição de um e chamar-lhe arte, é um fenómeno social, cada vez mais menosprezado (porra, eu nas aulas de matemática sempre aprendi que mais com menos dá menos, pelo que se eu conjugasse este mais com este menos deveria dizer que é um fenómeno cada vez menosprezado!!!... ou deveria ser menos prezado?! ou ainda menos menosprezado? não, isso não, que menos com menos dá mais, e aí seria dizer que é um fenómeno mais prezado, o que é mentira... acho que vou ter de parar uns minutos para tentar recuperar-me depois destas dúvidas parvas…)


tique-taque! tique-taque! tique-taque! tique-taque!

, como, aliás, a maioria dos fenómenos sociais tradicionais tem vindo a ser, e nesta maioria contam-se, a título de meros exemplos, o martini com cerveja como prefácio para um dia de burilanço, o bofetão público à pequenada sempre que eles embirram com qualquer coisa, e como bofetão entende-se aquela chapada que provoca um ecoar tremendo em qualquer local fechado, os pratos de tremoços e finos a acompanhar tardes de domingo, botas texanas e fatos de treino em plena praia, entre outros, talvez porque a populaça tem a mania de se armar em fina, e então esquece que tentar imitar os finórios resulta em comportamentos ainda mais risíveis.
Alguns povos, se não todos, criaram fórmulas e ritos de ascensão à maioridade, sobretudo para os jovens do sexo masculino, envolvendo provas de bravura, ou festarolas à maneira. Devido à grande míngua de leões em estado selvagem nas terras lusitanas, e visto que por cá ninguém curte andar a levantar cadeiras como se fossem altares da procissão da terriola, nem outras coisas do género, a ascensão do púbere mancebo a homem feito de barba rija e com autoridade para mandar uns bitaites convencionou-se como determinada por três momentos fulcrais: ir à tropa, ir às putas, conseguir mictar para qualquer urinol, seja a que altura for! Ora, esta é a ordem inversa, no sentido contrário daquele que sucede em termos cronológicos e de sequência das coisas numa linha temporal, ou seja, a derradeira etapa para se se fazer um homem é ir à tropa, para aprender a mandar uns balázios e assim, isto depois de já ter ido fornicar uma mulher que faz pelos homens, e esta expressão nem sequer é minha, é mesmo medieval, o que mostra como este costume é tão antigo, perdendo assim a virgindade, recebendo em troca a probabilidade elevadíssima de contrair uma doença venérea. Porém, o momento primordial em que um homem começa a ter responsabilidades, autoridade, o respeito dos outros, é quando começa a conseguir verter as suas urinas para um urinol. Primeiro, porque o urinol é, na sua génese, coisa exclusiva de homem; segundo, porque conseguir chegar a certa altura para abanar a tromba é sinónimo de dignidade… Não poucas vezes ouvi da boca de homens mais velhos, sempre que queria meter o bedelho num assunto de adultos: Tu calas-te que ainda nem chegas aos urinóis… Depois de mijar pela primeira vez num, é sempre a subir… tirando que, hoje em dia, não se vai às putas como antigamente, quando tal era considerado socialmente dentro das normas, quando era uma afirmação da superioridade masculina; e o regime militar deixou de ser obrigatório… pelo que, nada de putas, nada de balázios, nada de homens feitos… Mesmo os urinóis têm sido votados a uma negligência atroz, desde entupimentos de beatas e outros lixos, até limpezas tão limpas que não deixam ganhar aquela mancha amarela que tão bem os caracteriza. Já para não falar nas deturpações que constituem urinóis que vão até ao chão e coisas assim, que mais parece estarmos a mijar contra um muro, ou contra a parede! Então se até já se fazem urinóis para putos e até mulheres! Mas que raio de sociedade vem a ser esta?
E isto tudo porquê? Porque não há respeito pela tradição. Eu queria ver se o vento solar quisesse mijar contra o nosso urinol gigante, e ele estivesse cheio de beatas! É como desenhar graffitis nos Clérigos, é o que é!

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