Breves nótulas sobre uma verborreia insone #0

(palavras incoerentes escritas a cor azul no verso de uma folha em branco)

Quem nunca tentou fazer um documento do Word com tantas páginas que ele não conseguisse fazer uma contagem de caracteres sem se desfazer em merda que atire a primeira pedra! E digo isto com a noção de que não deve haver ninguém para atirar coisíssima nenhuma, e se houvesse também haveria de ser tal mongo, tal nerd, tal totó (e afins, como costuma dizer nas carrinhas de distribuição de pão nas aldeias – Era um quilo de broa e um afim sem creme, que é pró meu mais piqueno!), que nem num elefante acertaria, a dois passos. Que eu não sou parvo! Nem eu, nem o JC, ou nunca pensaram por que razão ele não disse: Quem nunca andou todo nu pela praça central de Jerusalém, só com uma meia a envolver o sexo, a cantar músicas napolitanas às janelas das moçoilas casadoiras, que atire a primeira pedra!, em vez de: Quem nunca errou, que atire a primeira pedra!? Que ele não queria que a Madeleine, que não aquela que desapareceu no All-garve, levasse castanhada. Já a outra, a do All-garve, foi provavelmente vítima de pessoas que andaram nuas pelas praças de Albufeira, só com meias a envolver-lhes o sexo, cantando músicas napolitanas às janelas de moçoilas casadoiras. Ou isso, ou músicas da Edith Piaf, uma das duas, de certeza. Ou nas praças de Jerusalém.
Já erros assim a modos que espontâneos do género erro fatal, esta merda vai fechar e vais perder todo o trabalhinho, seu cabrão!, sucedem-se recorrentemente. Pelo menos comigo, já não poucas vezes impediu de continuar a articular uma torrente, mesmo que zinha, de parlapié, faladura, verborreia!...
Curioso o ter usado esta palavra, pois que ela usa o mesmo sufixo de outras palavras, como sejam o caso de rinorreia, gonorreia ou ainda diarreia. Curioso, porque calha eu saber que o prefixo -reia se refere a escorrimento, logo: verborreia é igual ao escorrimento do verbo, da palavra; rinorreia é igual ao escorrimento do nariz, ou rino-, daí o rinoceronte, que deve parte (a parte prefixa) de seu nome ao peculiar frontispício, embora não tenha escorrimento! E isso acho bem, porque ver um rinoceronte a usar lenços de papel mataria logo ali a magia de África, mais a da sua vida animal.
Agora, o que eu não percebo é gonorreia! O que são os gonos? Ajudantes de Pai Natal sem n? Espécie de gomas, mas com sabor a fruta? Isto até que a Wikipédia me oferece o conhecimento, qual maçã da árvore ao meio! Os gonos são, na verdade, gonococos, uma bactéria que provoca a referida DST, o que acaba por bater certo, porque, afinal, a doença resulta de se usar os cocos! A gonorreia é também conhecida por blenorragia, e isso também nos leva a pensar: é que se -ragia é um sufixo sinónimo de -reia, e quer dizer escorrimento, tal como em hemorragia (escorrer sangue), que raios são os blenos?! Enfim! Então e a diarreia? (parêntesis para dizer que este texto tem 2279 caracteres, até este ponto de interrogação, e o Word ainda não deu de si!)
Adiante, a diarreia, mas que é isso afinal? Será o escorrimento do dia? O rasto semi-líquido do Sol a passar pela esfera celeste? Não o sei, e também não há sinónimos nem Wikipédia que ajude neste caso! Esta diz-nos, apesar de tudo, que "normalmente não são graves [as diarreias] e prolongam-se pelo máximo de sete dias." Ora, se ainda fossem sete horas, seria uma coisa fodida, fedorenta e putrescível, mas não mais que isso. Sete dias a cagar de leque, à pistola, ou de esguicho, ou lá como queiram, já me parece coisa para ser chatinha e afectar um pouco o bem-estar e, quem sabe, impedir um tipo, por exemplo, de se sentar à frente do PC a ler isto! O que seria, sem margem para dúvidas, uma merda!
Manifestar-se-ia merdosamente a merda em não deixando ver merdas destas, no fundo.

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