Dia Internacional de qualquer coisa #3

Dia 1 de Setembro é um dia especial. Para lá de marcar o início do pior mês do ano (e estão aqui, mesmo ao meu lado, a invasão da Polónia e o WTC que não me deixam mentir), marca também o dia mundial do stress, e da buzinadela! Não o Dia Mundial Anti-Stress! Dia Mundial DO Stress! E buzinadela! Excepção feita quando o dia 1 de Setembro calha num Sábado ou num Domingo, situação em que a efeméride se comemora no dia 3 ou no dia 2, respectivamente. Se bem que, tanto quanto sei, só se cumpre verdadeiramente a tradição em Portugal. Porquê? Porque só em Portugal se traçou tão bem o limite, a diferença, a oposição entre um dia com pouco trânsito e muita gente de férias, o dia 31 de Agosto, e um dia com uma afluência anormal de trânsito e todos ao trabalho outra vez, o referido dia 1 de Setembro!
Convenhamos, milhares de portugueses, gente reconhecidamente preocupada e facilmente irritável por natureza, a voltar aos empregos, a voltar de sair dos empregos, a voltar às filas de trânsito, a voltar à rotina maçadora dos dias sem banhos de sol e mar pelas costas algarvias ou de mares mais ao sul, a voltar a tudo isso, é óbvio que dá borrada! Ainda para mais, parece que durante as férias a maioria dos tugas perde a noção de transporte público, e só ao fim de uns tempos é que se lembra que realmente Talvez não seja má ideia deixar o carro em casa! E, pior ainda, Setembro começa a trazer as chuvas, e consigo mais acidentes, que as pessoas com a chuvinha perdem o jeitinho todo para mexer na regueifa (sinónimo popular de volante, para lá de de glúteos), e disso tudo resultam mais filas! Ainda mais longas! E, no meio da fumarada, do stress, das caras de cu, a monumental buzinadela, como uma sinfonia cacofónica de gaitas e gaitinhas! Um esplendor de arte contemporânea muito pouco abordado até hoje!
Claro, eu sei perfeitamente a verdadeira razão para muitas dessas buzinadelas! Imagine-se alguém que acabou de passar meio mês, ou mês inteiro, sem fazer nada, sem horários, com vida boa. Obviamente, no primeiro dia, tudo vai ser dificílimo de aguentar... Resta o sonho, essa coisa linda onde nada custa...

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