(sem nome)

Nas cidades adormecidas há um qualquer encanto
De não haver vida nelas nem realidade
Apenas humanidade imersa em fantasia
Selva de betão submersa pela maré do Irreal
Os brilhos reflexos nas janelas baças
E os contornos esfumados da miríade de esquinas
Formam um outro Universo de constelações e nebulosas
Onde cada personagem habita a felicidade gasosa dos sonhos
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Partilho dessa beleza sem substância num trago doce d’abismo

Aristides Sousa Landeira

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