O toque rectal de Midas


Toda a história do Rei Midas, aqui representado por este bacano cheio de estilo, é fascinante. Não pela moral da coisa, a cena de que nem sempre o desejo cumprido de ter riqueza nos traz a sorte de ser também feliz, mas sim pelas questões que não se aborda directamente no mito. Por exemplo, a mais significativa de todas:
Midas transforma tudo o que toca em oiro. Até aqui já sabemos... Mas então e os excrementos? Sobretudo os sólidos?! Claro, a resposta rápida seria - Como a merda sai dele mesmo, não conta, não é transformada... Pois, mas quem é que reclama merda como sendo coisa sua (por acaso andam por aí indivíduos que se orgulham da merda que cagam, mesmo sem ser de oiro, mas são uma minoria, presume-se), quem tem orgulho de olhar para uma bosta e dizer: - Pá, que bela cagada; que bela merda, a minha! Portanto, restaria saber se Midas considerava a merda que lhe saía do corpinho como coisa sua ou não... Porém, mesmo que considerasse, isso não interessa para nada, porque a partir do momento em que começa a bazar do intestino, passa a ser coisa exterior, quer se queira quer não, passa a fazer parte do mundo dos dejectos, logo, ao mínimo toque num pêlo do cu, pumba! cagalhões de oiro! O que devia ser coisa para doer, se aquilo ficasse empedernido e preso, e depois se criasse uma fila de merda a querer sair também... Imagina-se facilmente a confusão intestinal, as buzinadelas, o pessoal lá dentro: - 'Tá a andar com esta merda, caralho! Concluindo, parece evidente que a merda do Midas valia oiro... ou talvez não! Quer dizer, merda é merda, é uma coisa que o corpo não deseja, que o corpo expele por ser desnecessário. Se calhar, a grande causa para a infelicidade do "pobre" Midas não era estar impedido de tocar nas pessoas que amava, era cagar prata! Porque nem tudo o que brilha é oiro! Dizem...

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