(sem nome)

Os dias passam devagar
quando o olhar fixo num discorrer de horas
de tiques e taques ritmados
de lonjura e frieza
não se consegue refugiar
na penumbra de uma linha contínua de infinito
persiste no estático regresso quotidiano
dos ponteiros ao ponto de partida
em círculos eternos de insensatez
Quem passa o tempo a ver o tempo passar
morre em cada instante de loucura

Aristides Sousa Landeira

0 pomaditas :: (sem nome)